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A RELAÇÃO PSICOTERAPEUTA E PACIENTE
A RELAÇÃO PSICOTERAPEUTA E PACIENTE

Todo o trabalho psicoterapêutico é "uma relação humana" entre o psicoterapeuta e o seu paciente.É um trabalho de colaboração intensa.O psicoterapeuta nada pode fazer sem o seu paciente . . .e vice-versa.O psicoterapeuta e o seu paciente são "companheiros de viagem".
O trabalho psicoterpeutico representa pois,uma relação humana estritamente individual em que ninguém pode penetrar.
O paciente acaba de chegar de um mundo armado até aos dentes,de um mundo corroído pelo medo e senta-se perante alguém que não possui armas,chega de um mundo onde reina a proteção permanente e deve aprender a "deixar-se ir". . . .portanto a não ter medo,nem de si mesmo,nem do outro,o que não é fácil porque nunca nos despojamos das nossas velhas peles,dos velhos hábitos de defesa.
Sucede aliás isto,muitas vezes,um paciente que foi agressivo para o psicoterapeuta espera inconscientemente "ser punido".Ora a punição não se dá,o psicoterapeuta continua a ser compreensivo,humano,cordial,neutro.E assistimos frequentemente,neste caso, a o paciente punir-se a si próprio,seja de forma psicossomática,seja por amargas admoestações que dirige a si próprio,etc.
E o paciente ora terá a impressão de ser bem acolhido,ora de ser mal acolhido.
Experimenta,num grau exagerado,a necessidade de ser amado e por consequência,teme exageradamente ser rejeitado.
É aqui que a atitude do psicoterapeuta tem repercussões imediatas, profundas, construtivas e edificantes de um "EGO" bem consolidado no paciente.